sexta-feira, 29 de junho de 2012

Baile de Mascaras 5



 

 Eu sei, jurei nunca mais fazer isso com ninguém, mas era tão pouco, só um momento de prazer. Quem pensaria nisso? Você sempre sorrindo e nunca enxergando, quem apagou as luzes desse frigido mexicano?
  Caido no chão o sangue escorre suavemente pelos seus cabelos, tens uns lábios tão doces, como foi leve toca-los. Pena que não pude comer o jantar. Seus longos cabelos, como eram lindos, cachos e mais cachos desprendiam de você, como a ironia do destino transformou em um bebe.
Somos todos humanos, ou melhor, só você, eu sou aquilo que não desejaria nunca conhecer. Mas és trouxa como esse crápula, gosta de deixar seduzir-se, como posso resistir a tamanha idiotice quando o vejo parado, esperando por mim.

Atento-me aos últimos detalhes das curvas ao seu redor, um saco com moeda e vou-me embora. Que noite linda, quantas estrelas, quantos ainda terei que encontrar, tolos imundo, porcos nojentos que tentam desesperadamente me manipular. Uns ainda creem na ilusão de conseguir, mas por dentro são todos vermelhos, apetitoso, fáceis de destruir. A recompensa e o prazer são ainda melhores.

Quem é aquele novo bancário? Nossa daria um ótimo almoço. Esses homens importantes inúteis, mal imaginam o que aconteceu com o querido filho do conde. Ficam tagarelando sobre tudo e não sabem de nada.

Ele está se aproximando. Olhos intensos, profundos. Esse cheiro. Preciso ir antes que me descontrole.

Não posso mais fazer isso, não posso. Veja quantas árvores floridas nesse jardim incrível. Não posso, meus pensamentos estão confusos, preciso do meu irmão, mas ele está viajando. Droga, malditos porcos que merecem morrer, malditos homens. Não vou me desconcentrar, aquele só vai ser outra vitima com moedas para furtar.
Preciso de um plano logo. Já sei, comemorarei meu aniversário e meu presente será seu sangue escorrendo no chão.

A corte convida você a comemorar o 18º aniversário da adorável filha do Rei, Alexandra Mary.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mundo Imaginário



Hoje de manhã estava eu olhando as crianças antes delas descerem para o almoço, quando duas menininhas da turma pequena viram um risco na parede. Elas pararam olharam e falaram:
-Olha tia tem um risco na parede. Quem será que fez? Vamos descobrir!


Nisso as duas fizeram que estavam segurando uma lupa e foram devagarzinho seguindo as "pistas".


Não durou muito a brincadeira, mas vamos ao ponto da minha história.

  A imaginação, um instrumento poderoso, capaz de transformar você em um astronauta, ator, médico, fantasma ou até mesmo detetive. São tantas as opções que esse instrumento pode proporcionar que alguns esquecem de desliga-lo e outros de usá-lo. É triste ver que com o passar do tempo fica mais difícil imaginar e criar, as meninas não vêem mais sentido em brincar de boneca e os meninos não querem mais seus bonecos. Com o tempo tudo isso fica bobo, infantil e sem sentido, já que começamos a entender a realidade que não existe. Somos forçados a não mais brincar e sim acreditar que não existe mundo imaginário.

  Mas a fantasia existe, as mascaras, a ambição a força de querer acreditar ainda se acende, em poucas pessoas, mas de uma maneira diferente ela está presa em cada um. É por isso que existem novelas, séries, filmes e livros, para nosso "faz de conta" da infância não morrer. Sentir vontade de viver aquilo e criar uma aventura dentro de cada um.
  A minha vontade de criar histórias nunca morreu, fantasia com tudo que me faz feliz, me bote medo, me deixe intrigada. Gosto de mudar o curso da minha vida fingindo ser uma das minhas personagens, que se ainda pudesse brincar de faz de conta com certeza eu seria. Os livros são o meio mais importante de esquecermos que já fomos crianças, que continuamos sendo crianças e que vamos morrer crianças, já que nunca aprenderemos o suficiente para nos tornar adultos. A unica coisa que diferencia uma criança de um adulto é a tal palavra RESPONSABILIDADE que passa transformar fantasia em realidade e acabar com a diversão.
  Mas ao ler um livro sorrimos, entramos na história, nos identificamos com o que está escrito, fingimos ser a personagem que mais nos agrada e queremos de todo jeito que isso seja verdade e não voltar para realidade sem graça em que vivemos.

 A como seria morar entre as letras, disse Monteiro Lobato, e não seria fantástico?
  Eu só não gostaria de viver em um livro de terror.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Quando faltar luz


Quando faltar luz eu tenho medo de ficar no escuro, medo de me sentir sozinha, sem ter você ao meu lado.
Quando faltar luz eu preciso de uma vela acesa, uma bandeja e alguém para me segurar.
Quando faltar luz eu vou gritar e chorar, correr para algum lugar e bater de cara na parede por não enxergar.
Quando faltar luz eu nem vou perceber, vivo em uma escuridão cercada de “porquês”. Uma chuva que não molha e uma faca que não mata, tenho andado tantas noites no escuro que nem sei mais o que é ver o dia claro.
 E a única luz que eu via no final do túnel está tão fraca que quase não consigo seguir. Uma luz que me guiava e agora por ela me perdi.
O caminho todo vou pensando, será que alguma coisa vai mudar? Mas o vento sopra forte e tenho medo dessa luz se apagar.
Perto, longe qualquer outro lugar, faltou luz na minha vida e preciso de uma vela para ela voltar a se iluminar. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Psicologia de um vencido



É muito triste se sentir vazio quando seu corpo está cheio de átomos, carbono, hidrogênio, cálcio e selênio. Sentir o cheiro do enxofre que inala de você mesmo, pensar que o fosforo poderia acabar com tudo e explodir de uma vez o que não leva a nada.
 O que é a vida se não uma espera interminável do trem da morte. Quando tudo vai ter fim? Quando o corpo vai poder respirar realmente e não só fingir. Os pensamentos inusitados, as horas amargas que são transformadas em cansaço e o passo de cada vez em um mato cheio de espinhos e você está descalço.
  A como seria bom se o tempo parasse e todas as perguntas respondidas sem ser em forma de analise, um simples porque sem nem ao menos um talvez que gera o insólito percorrer de quem não vai vencer. Somos perdedores natos, que juram que venceram alguma coisa, somos o fracasso dos fracassos, o circo de horrores.
 Apneia de vida sem fluxo, segmento básico do fracasso absoluto, somo somente ratos do esgoto sem memórias sem conforto. Amantes da irrealidade e do que faz pensar, a se a minha vida fosse diferente e se tudo vai mudar. Mas nada muda o tempo todo, felicidade passageira e confrontos incomuns, lutas que não são verdadeiras, pátria que não te leva a lugar algum.

  
Como dizia Augusto dos Anjos em

Psicologia de um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundíssimamente hipocondríaco, 
Este ambiente me causa repugnância... 
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia 
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas 
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los, 
E há-de deixar-me apenas os cabelos, 
Na frialdade inorgânica da terra!

  Não somos nada, nunca seremos nada, morreremos sem ser nada, achando que somos alguma coisa.  


      Fernando Pessoa - TABACARIA
    Não sou nada.
    Nunca serei nada.
    Não posso querer ser nada.

    À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Confusão




Eu estou confusa e cansada, não consigo ouvir uma palavra de nada.

 O que eu quero? Minha mente anda tão vazia e tão cheia de coisas ultimamente. Não consigo saber realmente o que eu espero de tudo isso. Eu quero um dois, três, quero mais do que só isso. Quero sobreviver e não apenas fugir de um caminho. Ter voz e gritar parece tão difícil dizer o que eu penso que dói só de tentar. Não vou a lugar algum, não vou fazer, não vou dizer... Não quero sorrir, só chorar e esquecer. Acabou minha vontade de ir e vir, mas o desejo continua a cada palavra não dita é uma ancora que me afunda.
 Por que é tão difícil gritar, quando o que eu mais tenho é o que dizer e precisam me ouvir. Por que é tão difícil lutar por aquilo que acredito.
Todos os fantasmas te assustam, mas assombrações sempre voltam para fazer você lembrar que um dia já teve paz. 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Geração Y

  Uma vez vi um livro em uma loja que tinha na capa escrito "Geração Y ", não fazia a menor ideia do que era, então descobri que não estava sozinha....
  Para quem não sabe o que é ai vai um link: Geração Y

  Eu cresci assim, acreditando que a vida poderia me dar muito mais do que eu já tenho. Eu quero aquilo que eu quero e quero cada vez mais.Quero coisas diferentes e desafios, ficar parada é muito chato. Ver as pessoas paradas é pior ainda. Mas não sou o tipo desafiadora, na verdade gosto de ter as coisas de uma maneira mais fácil e é isso que me caracteriza.
 Não gosto de ser questionada, ameaçada, encarada, se bem que a maioria das vezes finjo que não vejo o que está ocorrendo.
  É como nesse meu emprego novo, o primeiro que eu duro mais de dois meses.

Ele começou bem, o lugar era ótimo perto da minha casa, com uma sala só para mim, um horário de trabalho bom. Parecia bom de mais para ser verdade. Eu estava empolgada de mais então aos poucos as coisas fora acontecendo.
  Por ser a mais nova começaram a pesar em cima de mim, tudo era mil vezes mais exigido se fosse meu trabalho. O que eu fazia era muitas vezes "roubado" e dava créditos a oura pessoa. Meu maior problema não foi esse, foi quando eu com tão pouco tempo me classifiquei bem mais do que muitos que estavam ali a anos, muitas vezes sentia que esses nem estudo tinha. Coisas simples como a linguagem, o modo de tratar as pessoas, a forma de se vestir e olhar eram comuns. Mas o questionamento quanto coisas simples e pequenas, ciumes talvez por ser tão mais bem informada e atualizada, o que quem quer consegue, me fez começar a ouvir criticas...
  Vamos ser claras, mulheres que trabalham a vida toda, não tem um estudo, são obrigadas a sustentar uma casa minuscula com filhos e um marido nojento, que mal da atenção a elas, sim com certeza essa foi a imagem geral que eu comecei ter depois que conheci cada um ali dentro.
  Os donos, pessoas com problemas financeiros, que estão perto de perder o que tem, passam para as mãos do irresponsável herdeiro, que só vê aquilo como trabalho fácil, dinheiro da mamãe sem ter que se preocupar. Quando a coisa aperta na sua administração se revolta e bota a culpa em seus pais.
  O lugar tem muito espaço, mas por falta de visão de futuro dos administradores não tem boas instalações. Com salas apertadas e quentes, lugares perigosos que fazem os clientes correrem sérios riscos ao decorrer do dia. Falta visão, questões e amplitude para esse lugar ser o que eles acham que é.

  Então com tantos defeitos na edificação e administração o publico deixa de procurar o lugar, gerando conflitos maiores e falta do que fazer de muitos funcionários dando a oportunidade de se meterem na vida dos outros.E eu como uma jovem da famosa Geração Y não consigo me submeter a tão pouco, tendo assim  a maior vontade de largar tudo e tentar uma outra coisa em um outro lugar.

  Para fala a verdade o que quero mesmo está muito longe de se realizar, o que mais desejo não é sobreviver e sim viver. Não tenho muito tempo para perder tanto tempo assim com coisas pequenas. Deixar uma marca, mesmo que não muito grande, uma marca que ninguém vai apagar, nunca, pois eu batalhei por ela e sonhei a minha vida toda em tê-la. Não posso me contentar com pouco porque deixaria de ser quem eu sou, sou muito mais do que podem ver, sou muito além do que quero ser.




terça-feira, 12 de junho de 2012

Para ser uma escritora...

 Posso não escrever bem, mas busco sempre melhorar minha forma de escrever. Tenho imaginação de sobra e essa fica mais real quando transcrevo em algum lugar.
  Eu vivo minhas aventuras, por isso pretendo ser escritora, para passar um pouco do meu entusiasmo para todos.
Eu busco escrever aquilo que acredito, mesmo quando é uma ficção. Muitos me dizem que as minhas personagens parecem comigo, discordo, elas parecem mesmo é com a minha imaginação.
  São loiros, morenas, baixas, altos, magras e gordos, todos de uma maneira diferente buscando expressar uma coisa nova dentro de mim e de quem ler.
  Então por mais que eu demore vou escrever, ideias novas vão surgir e eu vou sorrir cada vez que conseguir alguma terminar.

Então blogueiros por favor me acompanhem nessa minha busca de escrever cada vez mais...
Espero um dia que o que escrevo esteja na cabeceira de cada um de vocês...

Novo livro em andamento...

http://livroasaventurasdesamgene.blogspot.com.br/

domingo, 3 de junho de 2012

Será que ainda da tempo?


O Mundo está acabando. O lugar onde nascemos, amamos e vivemos está chegando ao fim. Mas antes do mundo acabar nós é quem vamos ser extintos.
 Depois de tanto tempo destruindo o planeta terra a raça humana está para acabar. Por uso impróprio e descabido, por abusar de tudo aquilo que a terra lhe ofereceu. Depois de tanto tempo sendo mesquinho e não pensando no próximo.
É a raça humana vai acabar, está acabando. Uma hora depois de tanto destruir a natureza se revolta e começa se vingar. É o que está acontecendo. Temperaturas absurdamente quentes no inverno, enchentes, terremotos, desastres naturais por todos os cantos.
 Todos foram avisados de que o fim chegaria só que ninguém quis ver como esse fim estava perto demais para poder fazer alguma coisa para mudar. Será que ainda resta tempo para mudar?
É como já dizia um grande filósofo/escritor “Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas todos podem começar de novo e fazer um novo fim”.
Será que ainda da tempo?