sábado, 27 de fevereiro de 2021

Lumens, BBB 21 e a superioridade.



Nossa, nunca imaginei que iria conseguir colocar em palavras isso aqui, pois em rede nacional estamos tendo o belo exemplo de como a sociedade acadêmica é excluente. Não é só isso não, as pessoas julgam a capacidade do outro por questões ridículas, como o curso, formação e até mesmo a universidade que fez. Quantas vezes não vi isso ou passei por isso, vamos ao caso; 
Lumena, mestre em psicologia pela UFRJ, descolada, ativista, DJ, agora participante do BBB 21. Juliette, advogada, formada em direito por uma universidade federal, mas de "menor" nome. Pois bem, lumena é uma mulher engajada na causa, provavelmente a aluna modelo, debochada, questionadora, pretensiosa. Sempre soube liderar grupos, impor sua opinião e desmerecer aqueles que contra ela opinam. Juliette, a menina que era boa aluna, não era bonita, não era feia, não era a mais legal, não era chata, era aceitável, tentava ser aceita, tentava agradar e não queria ser mais do que era. 
Em uma discussão, lumena faz questão de sempre mostrar sua superioridade, o quanto estudou e sabe mais que o outro ali, uma forma clara de falar par ao outro calar a boca e respeitar quem tem mais títulos. E lá vamos nós ao assunto títulos, ao assunto verbal dessa coisa toda, o simples fado de existir preconceito linguístico de uma forma tão ridiculamente escrota, que chega a ser nojenta de tão excluente. 
É aquele caso, de chamar o patrão de doutor, quando ele nunca nem cogitou fazer um doutorado, ou o professor de mestre, quando ele não é maior ou melhor que nenhum de seus alunos em sala, só precisa transmitir um assunto que naquele momento aquelas pessoas não saberiam. Mas isso não faz deles um deus maior da porra toda, bem longe disso. Você não sabe mais do que o porteiro que fez só até o ensino médio, pq tem uma graduação na área de engenharia, vocês só sabem coisas diferentes, o porteiro pode ser um incrível carpinteiro que conhece tudo de madeiras e talhas, enquanto você entende cálculos e prédios. 
Você não é mais inteligente, você só sabe coisas diferentes. Isso não o torna melhor que ninguém, não o faz mais que ninguém. Usar uma linguagem acadêmica, em uma discussão é querer claramente desmerecer a outra pessoa, pois a julga menor, por não compreender ternos tão desnecessário par ao seu dia a dia. 
Mas cá entre nós, a sociedade não está preparada para entender isso, ela não quer que a patroa saiba mais que empregada, mesmo essa sem ler entendendo de tecidos e receitas, a patroa advogada será taxada de mais inteligente, não pq estudou mais, sim por posições diferentes. 
Então coloque uma coisa muito importante na sua cabeça, você não sabe mais que ninguém, só sabe coisas DIFERENTES! SIM, DIFERENTES!!!! A sua funcionária da loja pode entender de coisas que você nunca ouviu falar e você aí a chamando de burra pelas costas por ter perguntado uma coisa que considera insignificante, vamos parar com esse ar superior e passar a ser transmissores de conhecimento e não só nos fechar na bolha que a sociedade nos coloca e molda.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

zona de conforto

Faria tudo de novo, se fosse para ficar mais um dia ao seu lado. Mas quando vc foi embora não deixou nada, não me deu escolhas, só me fez calada. 
Se me perguntar o que aconteceu depois e eu não souber responder, será que seria suficiente dizer para deixar tudo acontecer? 
Mas fugiu do controle e isso você não admite, não dá para sentir e depois partir como se nada tivesse acontecido. 
Seu medo de não dar certo, ou mais medo ainda do incerto, medo que não admite, faz com que eu pense que seu medo não existe. 
E se for só isso, mas for mais alguma coisa, além de tudo, além do mais. As palavras ficariam claras se jogasse na sua cara a verdade que realmente espera ter paz. 
E nada seria assim tão fácil, 
Só é confortável viver na dúvida, pois se sair da zona de conforto não poderá voltar. 
Eu sei, é difícil tentar mudar.