sexta-feira, 29 de abril de 2022

Parece o fim do mundo quando me vejo perto de uma crise. A ansiosa talvez seja a pior, ainda quando as paranóias chegam e sem saber por onde começar me calo totalmente, sem nenhum riso. Essa sensação no peito de vazio constante onde nada poderia me ajudar a cicatrizar as feridas que fizeram em mim. Eu olho em todos os cantos e fico me perguntando, será que de alguma forma você foi embora pq eu fiquei aqui? 
A porta se fechou a tanto tempo e ainda sinto que não pertenço a mais nenhum lugar, absorvendo esses dias sem nenhuma alegria, como se não bastasse, ainda tenho que falar bom dia. Não sei o que aconteceu, pq me deixou? Pq me esqueceu? 

A causa de toda insegurança sempre será a falta de amor que você não conseguiu me dar. E aí dia após dia me pergunto se amo o suficiente, parece que não aprendi o amor, mas aprendi a fingir que sinto muito toda vez que te vejo. 

Se eu morresse hoje onde seria enterrada?

 Sinto constantemente um vazio que nunca é preenchido. Nesse meio tempo confuso de vida, com 32 velas apagadas me pergunto dia após dia; "se eu morrer onde seria enterrada?" 

Essa é a questão onde paro e me pergunto, será que pertenço a algum lugar, as vezes na morte pode ser que encontre um canto para ficar. Eu estou aqui, mas não pertenço aqui agora. Talvez nunca mais eu pertença a lugar alguma, mas a alguém eu pertenço. E se hoje eu morrer, a quem vou pertencer? 

Será que vão lembrar de mim? De quem eu fui um dia, ou de quem queria ser?  E se não for pedir muito quando vamos conseguir nos ver? E se eu pedir além de tudo para tudo aquilo que quero ser? Minha alma está aberta e tranquilamente afobada. Mas se eu morresse hoje, onde seria enterrada?