quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Maria sem vergonha

Tenho a certeza das incertezas.
Na mão uma Margarida amarela.
Bem me quer, mal me quer.
A vida decidida nas escolhas incertas.

Oh Liberdade!
Gritou a rosa esmagada na multidão
Libertem as correntes desse pobre coração.

A de ser branco a cor do futuro?
Verde, vermelho Marte, esperança em sumo.
Tem voz que grita.
E na multidão é calada.

Frio frita, densidade alada.
Quem foi que disse que o baobá desistiria?
Fincou raízes resistindo por dias
Flor, fruto, semente da vida.

Grita grita orquídeas
Prendem-se na anistia
Democraticamente falando
Ainda somos Marias.