Temeridade
Tá estranho, tá calado, um pouco incomodo, mas justificável o silêncio. A pergunta que te cala, a falta de saber o que acontece, quem será que transformou o mundo das rosas? Sabia que nem tudo era mar, as vezes vivemos na metáfora dos espinhos.
Pode dizer qual é o problema, as vezes não tem problema nenhum, mas a imaginação é fértil e cria situações. Onde foi que pegamos a trilha da insanidade, quando foi que nos internamos na isolada sara escura, o mundo ficou perigoso de mais para uma pessoa adulta.
Essa convivência todo foi o que nos deixou passar? Ou será que de convívio estamos fartos de tanto esperar?
Então vem as perguntas, perguntas sem respostas, sem tempo, sem replicas, só com contendas que nunca nos levarão a nada, apenas nos manterão distante da denota da vida.
Quem sou para justificar erros e pedir perdão? Quando nem ao menos sei porque pedir. Quem somos nós os pecadores que andam nas margens escuras de um rio profundo que nos atrai. Você nada mais é do que um espelho daquilo que te agrada, nunca vai ser ideal a sombra que te segue, nunca vai ser satisfatório a comida que te alimenta, nunca te saciará o liquido que tu bebe.
Então ajoelhe-se e sinta-se confortável para dormir, assim a chuva pode trazer você de novo para a vida, ou quem sabe o sol não nascerá mais e viverá em paz dentro das suas ilusões tresvarias que nem ao menos sabe se são únicas.
Então durma profundamente, sonhar não faz mal, o que faz mal é acordar e perceber que tudo não passou de um sonho.