quinta-feira, 17 de junho de 2021

moderno love

Cena de "Modern Love", retratando o transtorno bipolar vivido por Lexi. Nessa cena, a personagem tem uma repentina mudança de humor. Ela estava animada para um encontro, quando, de repente, fica incapacitada de sair com o rapaz. Isso acontece constantemente com Lexi, o que a impede de criar relações afetivas com outras pessoas.

  

  Fui assistir essa série, Love, só porque tinha a Anne Hathaway na capa, não esperava nada, até esse episódio, até essa cena. Na série tratam o transtorno bipolar, se aprofundando nesse transtorno e em outros. É incrível, ela é incrível, não tem como explicar como passou perfeitamente o que a maioria das pessoas com algum tipo de transtorno sente. Depressão, ansiedade, bipolaridade, precisamos falar e retratar sinceramente o que são. Nada de fingir ou fantasiar. 


No meu caso, são todos esses juntos e mais um pouco, não consigo descrever como me sinto todas as vezes que entro em uma crise. É comum crises de esquecimento, o que me faz amar fazer palavras cruzadas e montar quebra-cabeça, forçando a mente funcionar. 
 A insônia é constante, o cansaço e a fadiga me fazem desistir das coisas, isso eu atribuo ao TDAH nunca tratado. 

terça-feira, 15 de junho de 2021

Personalidades

Não sou pessoa, 
Nasci Fernando, mas me tornei a outra, 
Já fui Gustavo, Gabriel e Katarina, 
De uma maneira estranha fui Marisa .
Diego veio de passagem, fui Guilherme na esperança de uma lealdade.
Ao ser Arthur fui traída, 
Em algum momento Fui Camila.
De Alice ainda sou, perdida entre Pedro e Caue
Desisti de ser Raquel, 
Mais tenho em Paola um troféu.
Meu nome não foi Isaías, 
Nem Luana, 
Ou Patrícia.
Nem tão egocêntrico quanto Luiza.
Pesei em marcar uma data pra ser Thiago, 
Às vezes tenho medo do Rodolfo em meus retratos.
Ariel cairia bem ser alguém, 
Se não fosse a Raiane em algum lugar do além. 
Não hoje, amanhã também não seria.
Minha personalidade meio vazia, 
Culpa de quando sou Heitor, 
Mas ao contrário de ser Eleonor.
Vivo entre Luzias, Marias, Larissa, 
Completando minha existência vazia.
De Aline e Bruna penso ter, 
A Marina que ama a loucura desse ser. 
É Balela ser tantos nomes, tantas personalidades que vem e somem. 
Esses pseudônimos que inventei, 
Não passam de disfarces de alguém como eu 
E sou tantos que na hora de ser só eu, 
Fecho os olhos e penso 
Que bom seria uma personalidade vazia.

Seguir

A música toca no rádio do carro, 
Trânsito parado, estou atrasado, 
Acordei mais uma vez.
Quero chorar e não sentir, 
A dor que dá não ter para onde ir, 
Esperança boba que me faz pensar. 
Desisti de tudo e não posso voltar,
Abandonei meu nome e esse lugar,
Quando o telhado desabou já não estava ali.
Mas nunca expliquei porquê parti.
Só fugi sem dizer uma palavra, 
Já nem sei se eu existia onde estava.
Parece que o mundo consegue ignorar, 
Minha presença nunca mais irá estar, 
Eu só passei por essa vida e nunca mais, 
Vou voltar. 

foi um amor

Não contei com durar. 
Realmente, nunca imaginei que fosse dar certo.
Algo tão superficial, sem demonstração, sem aproximação, ao mesmo tempo que tinha tudo isso. Foi um soco na cara que me fez perceber, eu queria romance e você precisava se entender. 
Então, voltamos ao mesmo lugar, a casa de barro na fazenda antiga, a trilha molhada para chegar. Mas quando olhei pela janela você não se aproximava, não iria ter beijo enquanto a gente brigava. 
O piso de madeira molhando com minhas lágrimas, o fogo da lareira queimando como meu coração em brasa. 
Não teve mais amor, 
Não teve até amanhã, 
Não teve eu fingindo te odiar na escola aquela manhã. 
A porta quebrada bateu, 
Trouxe a realidade que nos acometeu,
Você se foi naquela tarde de domingo, 
O carro capotou e nunca mais nos vimos. 
Agora nunca vou saber, 
Se era para ser, 
Quando meu telefone tocou só pensei, 
Meu coração parou e eu lembrei, 
De quando prometemos nos encontrar, 
Aquela tarde no mesmo lugar, 
Você falou "vai indo, já vou chegar",
Mas não vai. 
E pela janela vi a chuva cair, 
Os pingos grossos me fazendo sentir,
Um aperto no meu coração, eu não sei. 
A coberta ali no chão, 
Duas taças como esperança em minhas mãos. 
Gritei tanto de raiva quando não apareceu.
Da sua boca nunca mais irei ouvir "minha menina estou aqui!" 
Sua jaqueta preta cheirando a você. 
Os óculos escuros não vai mais tirar, 
Um abraço apertado nunca mais iremos dar, 
Você se foi e eu fiquei, talvez, só talvez, 
Uma música nossa vai tocar, 
No meio da noite quando o rádio eu ligar, 
E dançarei com você outra vez, 
Assim um dia seremos nós outra vez.