terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O tempo não para



- Por que o tempo não para?
- Porque não podemos parar.
- Ele não descansa?
- Não, nunca, ele nos lembra sempre que não podemos perder tempo, pois o relógio da vida está correndo e pode ser tarde se você parar.

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Acostumar-se

Onde você vai viver?
Onde eu quiser viver.
Onde é a sua casa?
Onde eu vou estar.
Por que não faz isso?
Porque eu não quero.
Mas como você vai conseguir mudar?
Mudança é consequência de aprendizagem. Só muda quem precisa e quem quer.

Mas você não está acostumado a isso?
Mas "a tudo a gente se habitua.
Até não ter um lugar lugar, dormir na rua.
A gente custa, mas se habitua."



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50 tons de cinza não é romântico!

Sobre 50 tons de cinza:


50 tons não é romantico. 
50 tons não é sobre BDSM. 
50 tons retrata tudo o que NÃO É BDSM e mostra uma relação extremamente abusiva.
Para quem não sabe, Cinquenta Tons de Cinza foi, inicialmente, uma fanfiction da saga Crepúsculo. O livro fala do relacionamento de uma "recatada moça virgem" que conhece Christian Grey, um empresario milionário que pratica sadomasoquismo e quer que Anastasia seja sua nova submissa. Ela aceita e assina um contrato que estipula, entre outras coisas, quantas horas ela deve dormir por noite, o que pode comer e quantas vezes por semana deve praticar exercício físico. Grey também escolhe sua ginecologista, seu personal trainer, seus seguranças, COMPRA a empresa que a menina trabalha e lhe afasta de todos os seus amigos.
Seria muito bom se fosse um livro que estimulasse os leitores a explorar sua própria sexualidade, ou um livro que desmistificasse os tabus dentro do sadomasoquismo. Mas ao contrario disso, o livro associa o fetiche de Grey por BDSM com os traumas de infância que ele sofreu, como se fosse uma doença que precisa de cura.
A personagem principal, não poderia ser mais cliche. Na verdade ela é uma copia da Bella de Crepúsculo: introvertida, tem baixa autoestima, problemas com o pai... E quando conhece Christian Grey, Anastasia é virgem e nunca se masturbou na vida. Quando inicia a relação com ele, ela não apenas goza milhões de vezes e todas as vezes, como também aceita entrar em uma relação BDSM. Como se isso fosse a coisa mais normal do universo pra quem nem se masturbava antes. Isso faz com que, muitas (muitas) mulheres achem que tem algo de errado com elas.
O relacionamento deles é claramente abusivo: fora o fato de que ele controla até o que ela come e a obriga a tomar anticoncepcional pra que ele não tenha que usar camisinha (?), ele ainda ignora a palavra de segurança, e fica irritado com ela por ela ter dito a safe word. No final do primeiro livro, Anastásia foge pela casa de Grey quando ele ia castigá-la com uns tapas, mas se convence que agiu "errado" com o "dominador" e volta. Ele bate nela com um chicote, e bate mais do que deveria, machuca ela, adorando toda a situação. Ela chora, vai embora, fica brava. Eles voltam (claro!!!). Quando eles se casam, a primeira coisa que ele diz pra ela é "Finalmente você é minha." Quando ela engravida, ele fica puto e some por horas. Entre tantos outros exemplos.. O livro faz com que as mulheres pensem que é normal estar em um relacionamento abusivo. Que é normal se submeter a humilhações e exigências do seu parceiro (e olha que eu to falando "fora" da cama ein). O livro faz com que as mulheres achem que precisam de um homem pra dar um jeito em suas vidas.
Esse livro não é libertador.
Esse livro passa uma ideia errada sobre BDSM.
Esse livro passa uma ideia errada de relacionamentos ideiais.
Christian Grey não é romântico, muito menos "o sonho de toda mulher."
Parem de romantizar a violência.

Texto de Ana Luisa Hickmann

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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Melhores Filmes do Oscar 2015 - Sniper Americano - O Jogo da Imitação - A Teoria de Tudo ONLINE


  Essa semana me dediquei a tentar assistir todos os filmes do Oscar desse ano, infelizmente ainda não vi todos, mas vou falar do que eu já vi e do que acho de cada um.

Melhor filme

Boyhood: Da Infância à Juventude
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
Sniper Americano
O Grande Hotel Budapeste
O Jogo da Imitação
A Teoria de Tudo
Selma
Whiplash: Em Busca da Perfeição



Sniper Americano

Bradley Cooper está fantástico, apesar de ser um filme triste que lida com a guerra eu achei um pouco parado, sim um filme de guerra parado. Mas já da para sentir a agonia e o desespero de ter alguém lutando e de ter alguém esperando retornar. Algumas partes um tanto confusa, mas gostei, recomendo, mas não acho que deveria ganhar como melhor filme.



O Jogo da Imitação

Ao ver que o Benedict Cumberbatch, meu querido Sherlock iria concorrer a melhor ator com esse filme corri para vê-lo. Como sempre, sua atuação impressiona, lhe cai bem papéis de personagens arrogantes, combina com ele. Mas a sensibilidade do filme, ao tratar não só da guerra, como também da homossexualidade na época foi impressionante. Não conhecia a história e achei incrível, super recomendo e acho que tanto o filme quanto o ator tem grandes chances de ganhar.


Whiplash: Em Busca da Perfeição

 Ao ver o ator Miles Teller em ação nunca imaginei que ele fosse tão fantástico, que personagem irritante, mas seus solos de bateria foram fantásticos e a história do filme também é muito boa, bem dramática. Depois de assistir descobri que o ator toca bateria desde criança, mas o que tornou esse filme inesquecível foi o esplendido J.K. Simmons que com certeza vai levar a estatueta para casa.



Para Sempre Alice

 Julianne Moore me deixou agoniada e pensativa ao interpretar alguém tão nova esquecendo tudo. Uma história comovente, a maneira como pequenas coisas vão sendo tiradas de você devido a doença, como uma mente antes brilhante vai deixando de existir, chegando ao ponto que nem se matar mais você consegue. E como isso afeta sua família, como cada um lida, transformando uma asfixia  coletiva a dor e a angustia de cada um. Realmente, Julianne já levou essa estatueta para casa depois desse filme, ainda estou torcendo pela Reese, mas sei que ela já levou.


A Teoria de Tudo

 Não conhecia muito o Eddie Redmayne, mas com certeza virei fã. Nem imagino o quanto deve ter sido difícil interpretar tão bem o Stephen Hawking, sendo fiel até em pequenos detalhes, como o desgaste no sapato do pé que ele arrasta ao andar. Desde o primeiro segundo de filme você já se emociona, não tem como não ficar comovida, quando mesmo depois de perder tudo Stephen ainda consegue manter seu bom humor. Nunca vi uma história tão linda, a maneira como Jane (Felicity Jones) cuida dele e como ele entende a sua ausência e os desejos da mulher. Tudo nesse filme é de tirar o folego, encher os olhos de lagrimas e se admirar. Preciso fazer um post só sobre ele quando ganhar, porque tenho certeza que Melhor Ator e Melhor Filme não tem outro.








Se eu conseguir ver os outros antes da entrega do premio completo o post, se não fica para falar no futuro rs.







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