quarta-feira, 12 de maio de 2021

insuportável

Vez ou outra saem coisas da minha boca que me fazem imaginar quem eu realmente sou. Os sentimentos que vêem hora ou outra, a maneira como olho o mundo, me deixa só imaginando que espécie é essa. 
Vez ou outra alguém me descreve como amiga, companheira, carinhosa, prestativa, fico só me endagando se esse teatro realmente é real. Não é por nada, mas as coisas que faço, ou digo, não condizente com o meu interior. Na verdade esse não sente absolutamente nada e compactua com as mensagens de filmes dizendo como devo agir. 
Não sei nem se realmente amo alguém, ou me importo realmente com as pessoas ao meu redor, fico só esperando e imaginando a hora de partirem. É assim, a voz na minha cabeça diz; beija, abraça, diga que ama. E no fundo minha mente ecoa; Por quê? 
Posso ser um pouco mais áspera que outros, fico matutando sobre a morte e como já senti. O momento mais avassalador da minha vida, então, como quem não quer nada, simplesmente sou eu, essa incógnita ambulante que parece ter tido o coração devorado por corvos. 
Nessa onde imagino desde de quando sou assim, psicopata? Mataria sem medo de precisasse? A morte realmente me abalaria de alguma forma? Eu realmente amo aqueles que digo amar? 
São questões para terapia essas que escrevo? Mas qual melhor terapia do que aquela em que realmente sou sincera, assim escrevo. 
Por um tempo achei que amava todos ao meu redor, mas vez ou outra não amo ninguém, nem eu mesma e só queria ficar sozinha, tomando meus remédios para dormir o dia inteiro e não vivendo o inferno de conviver e tentar ser aceita em sociedade. A paz me deixaria tranquila, toda essa história de sentir me dá fome, talvez seja isso, só sinto o vazio no estômago, aquele que ecoa por comida. 
E não é nada demais, não odeio ninguém, só não sei de me importo o suficiente para chorar por aquilo tudo que significaria sentir.
Se pessoas como eu fossem levadas a sério e realmente afastadas da sociedade, talvez menos coisas ruins aconteceriam. Mas Minorit report é só um filme e sou só uma criminosa em potencial, não tenho intenção de invadir nenhuma igreja de nojentos e insuportáveis crentes e atirar em cada um, ainda. 
Mas me programo constantemente para se essa oportunidade aparecer e conseguir com uma só bala matar o energúmeno presidente, tenho tudo planejado. Viajarei até Guarujá, um dia que ele esteja em seu barco, eu ainda consigo ouvir, um fuzil acertando seu saco em cheio, ele vai para o hospital, perde as bolas. Ali, deitado naquela cama faço um acordo ao entrar ou ele renuncia ou morre lentamente, levando todo seu esquema e seus envolvidos, depois um simples toque e ele não morre, mas sim vegeta pelo resto da vida. E fim. 
Viu, minha fantasia mais exitante é essa, então ou me internarão, ou continuarei sem sentir nada sobre o que acho relativo. 

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